segunda-feira, 7 de março de 2016

Bibliologia doutrina das escrituras.

BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras

I. INTRODUÇÃO

A) Terminologia:

Bíblia -
 Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17)
Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe 3.16)
Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12)

B) Atitudes em Relação à Bíblia:

Racionalismo
 - 
a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural. 
b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana.
Romanismo - 
A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.
Misticismo - 
A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia 
A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.
Seitas - 
A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.
Ortodoxia - 
A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

C) As Maravilhas da Bíblia:

1) Sua formação: 
levou cerca de 1500 anos. 
2) Sua Unidade: 
Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro. 
3) Sua Preservação. 
4) Seu Assunto. 
5) Sua Influência.

II. REVELAÇÃO

A) Definição:
 
“Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”

B) Meios de Revelação: 

1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)
2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)
3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)
4) Através de Milagres (Jo 2.11)
5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)
6) Através de Cristo (Jo 1.14)
7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)


III. INSPIRAÇÃO

A) Definição


Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

B) Teorias sobre a Inspiração: 

1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento. 
2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje. 
3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos). 
4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais) 
5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados. 
6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos. 
7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível. 
8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima. 
9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.

C) Características da Inspiração Verbal e Plenária: 

1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais. 
2) Ela se estende às próprias palavras. 
3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os. 
4) Inclui a inerrância.

D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária: 
1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador. 
2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo. 
3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2). 
4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25). 
5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35). 
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16). 
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)

E) Provas de Inerrância: 

1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4). 
2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35). 
3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32, “sou”).

IV. CANONICIDADE.

A) Considerações fundamentais:
 


1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros. 
2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.): 

1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.). 
2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29). 
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.

C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.): 
1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos? 
2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente? 
3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja? 
4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.): 

1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16). 
2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João. 
3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.
V. ILUMINAÇÃO

A) Em Relação aos Não-Salvos:
 

1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4) 
2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente: 

1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2). 
2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

VI. INTERPRETAÇÃO

A) Princípios de Interpretação: 

1) Interpretar histórica e gramaticalmente. 
2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo. 
3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.

B) Divisões Gerais da Bíblia: 

1) Antigo Testamento (A.T.): 

A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.
B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.
C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.

2) Novo Testamento (N.T.):

A- Evangelhos: Mateus a João.
B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse.

C) Alianças Bíblicas:
Noética (Gn 8.20-22)
Abraâmica (Gn 12.1-3)
Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)
Palestiniana (Dt 30)
Davídica (2Sm 7.5-17)
Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)

Transcrito da “A Bíblia Anotada” Pg 1624,1625
.

Estudar a palavra de Deus é o único meio de se evitar errar o caminho pois ela é a bussola do cristãoPastora: Márcia Hatum.

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